Como um simples estágio na área de cinema pode ter me levado para outro estado? Bem, eu sou estudante de Relações Públicas – Comunicação Social, ou seja, mesmo não tenho nenhum envolvimento com cinema isso nunca me impediu procurar por bons filmes e ir ao cinema.
Então um dia eu estava vendo vagas de estágio no LinkedIn e acabei achando essa vaga do projeto Cinema em Movimento.
Após mandar o meu currículo, eles me mandaram um e-mail fazendo algumas perguntas sobre o meu conhecimento sobre direitos humanos. A supervisora também me ligou para fazer uma entrevista e foi quando eu levei um choque de que fui aceita no estágio e que iria para o Rio de Janeiro para fazer o treinamento lá.
Depois de algumas pesquisas nos jornais locais para me atualizar melhor sobre o projeto, eu vi que já tinha acontecido várias edições do projeto Cinema em Movimento da produtora MPC Filmes na minha cidade, todo o projeto é financiado pelo Instituto Caixa Seguradora. Eles tem como objetivo realizar sessões de cinema nas faculdades de todo o país, e também reúnem um representante dos vinte sete estados para ser seus agentes mobilizadores todos os anos.
Fiquei bem feliz por ser a agente que representaria Alagoas em 2019 e fiquei ainda mais feliz por saber que iria para o Rio de Janeiro com tudo pago por eles. Então, após ter organizado tudo para a viagem e está com a passagem em mãos, eu parti no dia 14/10/2019 para o estado Rio de Janeiro.
Minha primeira vez viajando de avião me causou alguns enjoos e confusões de horário e portões dentro dos aeroportos, pois fiz escala em Brasília e São Paulo. Não tenho muito para falar dessas cidades, porque não sai nem do aeroporto para explorar, mas tomei o meu primeiro Starbucks e adoraria tomar mais um.
Ao chegar no Rio de Janeiro, eu ainda consegui ver o Cristo Redentor pela janela do avião, mesmo morrendo de medo de altura. Não pense que a minha semana no hotel foram só “flores”, eu estava lá a trabalho e iria me dedicar a isso.
Minha rotina consistia em:
• Acordar às 7h da manhã, me arrumar e ir tomar café no restaurante do hotel.
Era o momento que eu mais gostava de conversar com o pessoal, saber mais sobre suas cidades e aprendi muito com eles.
• Às 9h, começava as atividades e debates sobre os temas abordados dentro da nossa capacitação.
• Às 12h, eu iria almoçar no restaurante e depois voltava para mais atividades.
• Às 19h era hora do jantar e depois festas noite a dentro no quarto dos colegas.
Os supervisores do estágio ensinam:
• Como montar a sessão;
• Divulgar;
• Convidar professores para os debates;
• Realizar as sessões;
• Orientar os debates após os filmes;
• Fazer relatórios.
Um semana depois, eu já estava em casa pronta para começar o meu estágio, eu estava correndo contra o tempo, pois o meu prazo era de realizar 8 sessões em 2 meses (outubro e novembro). O projeto tinha três filmes para serem apresentados, sendo eles: “Lute como uma menina”, “Repense o elogio” e “O silêncio dos homens”. Os filmes são sobre masculinidade tóxica, feminismo, o poder das palavras e direitos humanos.
No último mês não foi fácil, porque muitas faculdades estavam em período de provas ou já encaminhando para as férias, mas eu não estava pensando em desistir.
Três faculdade Uninassau, UFAL e ETA, e também uma escola perto da minha casa gostaram muito da ideia de realizar sessões de filmes sobre direitos humanos. Eu cuidei de toda parte de agendar as sessões, divulgar, chamar o público, realizar e fazer todo o relatório da sessão.
Minhas primeiras sessões lotaram os auditórios da Faculdade Uninassau e os debatedores estavam empolgados em discutir sobre o machismo presente no nosso dia a dia.
Fiquei muito realizada com o meu trabalho, pois sai em alguns jornais locais de Maceió e no site da Universidade Federal de Alagoas, no site da minha própria faculdade.
Este estágio me deu experiência que eu tanto buscava, também me senti mais realizada depois de todas essas sessões. Adoraria fazer parte desse projeto mais uma vez e conhecer mais pessoas incríveis que também são apaixonadas por cinema.
