Resenha: Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente
Autores: Igor Pires e Gabriela Barreira
Ano de publicação: 2017
Editora: Globo Alt
Sinopse
Indo contra a tendência dos textos curtos e superficiais que são postados nas redes sociais, o coletivo literário Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente (TCD) passou a produzir e compartilhar um conteúdo extenso, profundo e extremamente poético em suas páginas no Facebook e no Instagram. Com seus escritos e ilustrações, eles acabaram atingindo um público muito maior do que o esperado, nos mostrando como, apesar da crescente agilidade que nossa comunicação exige, ainda precisamos de tempo para digerir e entender nossas complexas relações humanas. Para este livro, foram produzidos textos inéditos que ganharam a companhia das sensíveis ilustrações de Anália Moraes.
Antes de surgir a ideia dos autores escreverem esse livro, eles já tinham uma página do Facebook que postava esse tipo de conteúdo há muito tempo. Eu não tive conhecimento sobre a página até ler o livro, apenas via fotos de alguns trechos do livro no Pinterest.
Fiquei muito curiosa em ler o livro quando bombou em todas as mídias nos meados de 2017, o mesmo ano que ele foi publicado.
O livro começa com frases bem curtas, que o leitor vai devorando em um piscar de olhos por ser super intenso, então de repente já está na metade do livro. Agora que chega a parte chata, os textos vão ficando longos e muito cansativos, o ânimo vai se perdendo em meio aos poemas repetitivos. Entendo que a ideia dos autores seja descrever vários fins de relacionamento, alguns me atingiram muito forte como se eles tivessem visto o que eu vivi, porém outros também foram irrelevantes porque não vivi o que estava escrito ali.
Parecia que eu estava lendo um texto enorme que nunca tinha fim, como um ex namorado super chato que fica na sua cola.
O que mais me deixou incomodada no livro foi a gramática do Igor Pires, começo de frase com letra minúsculo e outras coisinhas que deixava o meu toque gramatical maluco. Algumas citações pequenas foram minhas favoritas, e vou deixar um exemplo aqui.
Minhas citações favoritas:
“Eu não vou me desculpar por sentir tudo à flor da pele, quando as relações pede conexões e não ao contrário. Que se desculpe você, que passou por mim e não lembra o gosto do meu nome.”
“O que dói não é a saudade de me sentir acolhido no seu desejo de estar comigo. É a ausência continua de não saber se você volta.”
As ilustrações de Gabriela Barreira são super lindas e combinam perfeitamente com os textos.
Acredito que “textos cruéis demais para serem lidos rapidamente” é o tipo de leitura que o leitor deve ir com calma, ler poucas páginas antes de dormir e não definir prazo para terminar, pois vai se cansar muito rápido e vai querer só se livrar dele o mais rápido possível.
Minha opinião final é que eu não voltaria a ler esse livro, também não me interesso em ler a continuação dele e acho que não foi a minha melhor escolha começar a minha meta de leitura do ano com ele.
Vocês já leram esse livro? Se interessam em ler a continuação dele?
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